No momento atual, com a pandemia do coronavírus impactando o mundo, falar de outra coisa que não saúde, parece irrelevante. Não podemos ser alheios ao mundo e usar esse espaço unicamente para promover investimentos.
Por isso, iremos nos manter no assunto de startups, mas focar naquelas que têm como objetivo melhorar a saúde de seus usuários ou aquelas que através de suas tecnologias podem evitar situações de contágio pelo COVID-19.
Nos últimos 5 anos, o número de healthtechs deu um salto de 141% no Brasil. E não é por acaso, depois das fintechs, que enxergaram um ponto fraco nos serviços bancários, parece óbvio que o próximo setor com um serviço insatisfatório seja o da saúde. As soluções propostas pelas healthtechs têm o potencial de revolucionar o sistema atual: melhorando o acesso a serviços, dando maior precisão aos diagnósticos e acelerando processos burocráticos.
No Brasil, existem healthtechs atuando em vários subsetores. O Cuco Health, por exemplo, oferece um personal de saúde: através de um aplicativo, o paciente responde um questionário e o app avalia o risco de desenvolvimento de doenças crônicas e um programa de hábitos que devem ser alterados.
A iClinic ataca o problema da saúde por outro lado, através da diminuição das taxas de ociosidade das clínicas. Isso é obtido através de software comercializado pela startup para clínicas e consultórios. Concentrando a agenda dos médicos, prontuários e o controle financeiro das clínicas, o que proporciona um melhor gerenciamento do tempo da clínica, através de lembretes por meio de SMS aos pacientes, possibilitando que mais consultas agendadas sejam de fato realizadas.
A Laura Networks desenvolveu o robô Laura para identificar um grave, mas silencioso problema: a sepse, uma infecção generalizada. O robô identifica padrões, como o aumento de temperatura, constantemente, para alertar os enfermeiros de um paciente que possa estar em perigo. Além disso, o robô aprende com as particularidades de cada paciente.
No momento de crise de saúde atual, algumas startups que não são identificadas como healthtechs estão auxiliando na diminuição do contato, proporcionando menores chances de contágio. Indiretamente, as fintechs, como Nubank e Neon, estão auxiliando ao proporcionar que você realize suas operações bancárias de seu smartphone, sem a necessidade de ir até uma agência com acúmulo de pessoas e estar sujeito ao contágio.
Os apps de delivery, como iFood e Rappi, estão proporcionando que você faça suas compras no mercado ou peça suas refeições do conforto de seu sofá. Sem a necessidade de ir até um restaurante ou supermercado, onde há alta concentração de pessoas.
E se nada disso for suficiente, startups como a SkyDrones possuem soluções que podem ser utilizadas no auxílio a desinfecção de grandes áreas através do uso de drones. Essa medida já foi adotada na China, com o uso de drones para pulverizar desinfetante em locais públicos, além de câmeras térmicas para identificar pessoas com febre elevada e para levar suprimentos médicos à áreas contaminadas.
Em resumo, a tecnologia das startups não funciona somente em um mundo ideal. As startups estão alinhadas aos interesses mundiais também em momentos de crise. E, além disso, são flexíveis o suficiente para mudar a abordagem de seus negócios rapidamente, ao contrário de empresas maiores que em geral possuem maior dificuldade para mudar seu foco. Se você quiser saber mais sobre startups, confira nosso e-book gratuito.