Se você está por dentro do mercado de investimento em startups, já deve ter lido ou ouvido o conselho: invista no que você conhece. O mesmo se repete para aqueles que se tornam investidores de capital de risco. Geralmente, os melhores da área são aqueles empresários que obtiveram um sucesso estrondoso com suas companhias e possivelmente tiveram um exit, como é chamado o resultado de um investimento em startups, de sucesso também.
Pode-se observar aqui também, algo que é descrito pela Teoria do Everest. A Teoria compara a fundação de uma startup e o caminho até alcançar o sucesso com a subida do Monte Everest: poucos chegam ao topo, a subida é desafiadora, a descida igualmente complexa.
O paralelo entre a subida do Everest e o caminho do empreendedor é muito claro. É essencial saber que você vai precisar de ajuda para chegar ao topo, que você depende de networking; que o aprendizado ao longo do caminho ou com os erros de outros que já tentaram a façanha é muito valioso.
Ainda que seja incrivelmente extenuante, muitos dos que conquistam o topo, descem e sobrevivem para contar a história, decidem repetir a aventura. O fenômeno acaba sendo parecido com o que ocorre com fundadores de startup de sucesso: já chegaram ao topo, mas quando há um exit, decidem se tornar investidores de capital de risco (Venture Capitalists). O que vem se observando, é que muitos desses fundadores de startups se tornam excelentes venture capitalists.
As razões para isso, além do conhecimento da jornada para levar uma startup ao sucesso, é o apreço pelo risco e o conhecimento dos ganhos exponenciais que esse tipo de investimento pode trazer. Conhecer a área em que investe, já tendo empreendido em área parecida, é uma imensa vantagem frente aos concorrentes.
Exemplos de sucesso não faltam: Peter Thiel, Paul Graham, Saverin e Elon Musk são alguns representantes dessa categoria de ex-fundadores de startup que se tornaram excelentes venture capitalists. Elon Musk ao ter seu exit com o PayPal acabou investindo seu capital em áreas completamente novas, tecnologia espacial e carros elétricos, mas a mentalidade de startup que aprendeu em seus tempos de PayPal com certeza contribuiu muito para o sucesso de seus investimentos subsequentes.
Saverin, um dos co-fundadores do Facebook, tem uma relação ainda mais direta com o mundo do capital de risco. Ele criou um fundo, chamado B Capital, para fazer esse tipo de investimento. O sucesso também é claro, tendo fechado no final de junho um fundo de investimento de risco de 822 milhões de dólares.
Parece ser claro que ter trilhado o mesmo caminho que os fundadores das startups investidas caminham hoje é uma vantagem competitiva ímpar. Mas, também, pode ser que esse conhecimento atrapalhe os fundadores de startups que se tornaram venture capitalists. Muitos empreendedores de sucesso acreditam ter uma fórmula, a única maneira de chegar ao sucesso e acabam impondo seu conhecimento nas empresas do seu portfólio de investimentos. Frequentemente, descobrem que nem sempre a mesma fórmula funciona para todo tipo de empresa, em qualquer cenário.
No entanto, é sim verdade que ex-empreendedores podem ser ótimos mentores. Mas, como tudo no mundo do empreendedorismo, não é uma verdade absoluta. Não há fórmula. O que é interessante observar nesse movimento, é que o ecossistema de inovação acaba crescendo através de um processo de retroalimentação. Empreendedores de sucesso acabam investindo em empresas que eles acreditam poder ter sucesso também, o ciclo se repete e os ganhos para a sociedade como um todo, além dos investidores, são tremendos.
Investir em startups, no entanto, não é mais exclusividade desses grandes fundos. Hoje, pessoas físicas, com valores menores, podem participar desse ciclo virtuoso de inovação e rentabilidade fora da curva. A CapTable, plataforma de investimento em startups da StartSe, permite que você participe desse mundo. Inscreva-se na plataforma para saber das próximas captações. Ah, vale lembrar que as últimas duas captações ocorreram em menos de 72h. Portanto, fique ligado.