O investimento em startups permite que investidores tenham acesso a possibilidade de retornos financeiros acima da média e um dos pontos mais importantes na estratégia de um investidor é a diversificação de portfólio.
Diversificar seus investimentos é uma regra conhecida do mercado de investimentos como um todo. Sabe-se que, dentro de uma estratégia de investimento, é importante diversificar seus investimentos em diferentes ativos, com diferentes rentabilidades, níveis de risco e potencial de liquidez.
No mundo do investimento em startups a diversificação também é essencial - nesse caso em diferentes startups, de diferentes segmentos. A lógica é a mesma, mitigar o risco ao dividir seus investimentos em várias startups. Mas, também é importante diversificar os segmentos de startups em que você investe.
Ao diversificar sua carteira de investimento em startups de mercados diferentes, caso algum segmento esteja em baixa, os investimentos em outros mercados podem compensar e gerar a exponencialidade que startups são conhecidas por proporcionar aos seus investidores.
O segredo de investir em startups é apostar em diferentes empresas, de diferentes segmentos, proporcionando maiores chances de você encontrar a startup que lhe dará ganhos exponenciais, também cobrindo os eventuais investimentos naquelas que não deram certo. Uma das opções mais simples para diversificar investimentos em startups e criar um portfólio são as plataformas de investimento.
As plataformas de investimento coletivo em startups vêm demonstrando crescimento: na CapTable, empresa de funding de startups da StartSe que oferece uma plataforma para investimentos coletivos, foram captados quase R$ 11 milhões para 11 startups em 2020. Além do aumento do valor total captado, percebe-se um aumento da participação de grupos de anjos, investidores-anjo e fundos de corporate venture nas ofertas. Isso demonstra o amadurecimento da modalidade, o que deve trazer cada vez mais ofertas atrativas para todo tipo de investidor.
Em 2021 o setor deve começar a apresentar as influências dos IPOs de startups, como o Méliuz, no nível de interesse por parte dos investidores em startups. Além disso, uma iminente regulamentação para que as plataformas possam operar ofertas do mercado secundário (ou seja, a compra e venda de notas conversíveis de ofertas já encerradas em plataformas) deve aumentar a liquidez dos ativos e atrair ainda mais investidores.
Mesmo com a regulamentação do mercado secundário, as ofertas públicas das plataformas devem atrair o maior número de investidores, já que o preço ofertado nas ofertas públicas assemelham-se aos IPOs da Bolsa: são, provavelmente, o momento em que o preço do lote de ações das startups será mais baixo. Ainda, startups possuem maior probabilidade de multiplicar o valor investido em pouco tempo e aqueles que adquiriram ações na primeira oportunidade realizarão lucros com a venda dos lotes para quem decidir esperar para comprar no mercado secundário.
Por isso, a recomendação de montar um portfólio de startups é ainda mais válida: além de mitigar riscos ao dividir seus investimentos em diferentes startups, você possuirá um maior número de lotes de ações de startups com menor valor para eventualmente poder realizar lucros no mercado secundário.