Nunca houve tanto investimento em startups no Brasil como no último ano. A América Latina recebeu US$ 4,6 bilhões em 440 negociações de capital de risco em 2019, o Brasil representou 58% desse volume. Mas como será que ficarão esses números diante da pandemia causada pelo novo coronavírus?
Segundo a Associação de Investimento em Capital Privado da América Latina (LAVCA), a era do crescimento a qualquer custo, que foi popularizada na China e no Vale do Silício, acabou - ao menos, por enquanto. Os investidores de startups agora encorajam as empresas investidas a entrarem em modo de sobrevivência. Com isso, a criatividade e resiliência dos empreendedores será testada neste ano. A eficiência de custos aliada à criação de soluções para problemas complexos nunca foi tão essencial.
É importante ressaltar que as startups conseguem, em geral, se adaptar melhor à pandemia e à crise, por estarem acostumadas a tocar operações com pouco capital, e esse momento é essencial para mostrar quais tem maior índice de inovação e resiliência.
Além disso, as startups que captaram recursos antes da pandemia estão em vantagem, pois estão capitalizadas, seja para aproveitar oportunidades advindas da crise ou para pivotar seu modelo, se for necessário.
É importante ressaltar que não significa que 2020 seja um ano perdido para startups com potencial. Francisco Alvarez-Demalde, do fundo Riverwood Capital, destacou que para bons negócios sempre existe capital, mesmo em tempos difíceis e ainda recomendou que empreendedores pensem em seus respectivos negócios, atrasando ou eliminando a necessidade de recursos externos, mantendo-se capitalizado com dinheiro próprio.
Na CapTable, mesmo em meio à pandemia, conseguimos fechar a captação da Pomartec (R$600mil), além de estarmos finalizando uma oferta privada da InovaPictor (R$130mil) e estarmos com uma nova oferta da SkyDrones aberta (R$900mil) mais adequada à nova realidade que estamos enfrentando. Temos a convicção de que nossos investidores continuam acreditando nas startups que captam em nossa plataforma e que desejam seguir apoiando a nova economia.