IPO DA MÉLIUZ: O QUE SIGNIFICA PARA QUEM INVESTE EM STARTUPS?

IPO DA MÉLIUZ: O QUE SIGNIFICA PARA QUEM INVESTE EM STARTUPS?

O ecossistema de inovação vibrou no início do mês de novembro com o sucesso do IPO, abertura pública de oferta na Bolsa de Valores, da Méliuz. O IPO gerou muita empolgação por se tratar de um feito raro no Brasil: a abertura do IPO de uma startup em estágio tão inicial. Outras startups já haviam feito IPOs na B3 e até mesmo em bolsas de valores americanas, mas estavam em fases mais avançadas como empresas, já possuindo receita na casa das centenas de milhões de reais.

Empresas de tecnologia como a Linx, que realizou IPO em 2013 e a Locaweb que abriu seu capital em fevereiro - se tornando o maior IPO do ano - pavimentaram o caminho para que outras empresas do setor, em estágios ainda mais iniciais, fizessem sua entrada na Bolsa de Valores. A Méliuz é apenas a primeira a atingir o feito com receita que era considerada baixa para uma abertura de capital na Bolsa de Valores, R$62mi no primeiro semestre de 2020.

O IPO da Méliuz foi um sucesso, tendo levantado R$661,7 milhões e com isso sinaliza uma mudança de paradigma para o ecossistema do empreendedorismo tecnológico. Essa mudança não deve ser exceção, outras startups já preparam a abertura de seus capitais na B3 - Enjoei, Wine, Mosaico e Bemobi, já estão sendo analisadas pela CVM - e a tendência é que ainda mais empresas iniciais vejam o movimento como incentivo, antecipando a ideia de um IPO que talvez estivesse somente nos planos de longo prazo.

 

POR QUE IMPORTA PARA O INVESTIDOR?

Essa tendência faz com que o investidor de startups tenha novas opções para aumentar a liquidez de seus investimentos. As Notas Conversíveis em ações de startups e até mesmo notas que já foram convertidas em ações são tradicionalmente ilíquidas, sendo desafiador para que o investidor tenha uma saída em curto/médio prazos. O mercado de liquidez para investidores de startups tende a andar a passos largos, com IPOs ocorrendo em fases mais iniciais, a iminente aprovação de regulação para o mercado secundário de notas conversíveis de startups e a tramitação do Marco Legal das Startups no congresso - que objetiva tornar mais simples e menos burocrático a listagem em bolsa de empresas menores.

É importante que haja diversos caminhos para a liquidez de um investimento em startups, já que isso motiva o investidor a fomentar o crescimento do mercado de inovação, há mais possibilidades de valorização do investimento e permite que investidores que tiveram sucesso em seus investimentos voltem a investir no mercado, criando um ciclo de retroalimentação do ecossistema.

Uma das maneiras mais fáceis para começar a investir em startups é através de plataformas de investimento, como a CapTable, plataforma de investimento em startups da StartSe, que possibilita que investidores entrem nesse mercado através de investimentos a partir de R$700. Com todos os efeitos catalisadores de avanços do ecossistema, uma esteira de IPOs de startups inovadoras que deve ficar cada vez mais movimentada e regulações que facilitam a liquidez desse tipo de investimento, investir em startups fica cada vez mais atrativo e acessível a todos, gerando um efeito benéfico para todo o mercado empreendedor brasileiro.