A GRANDE LIÇÃO DAS STARTUPS

Em tempos em que a economia é gravemente afetada em decorrência da pandemia, quase passam desapercebidas informações alentadoras para quem está empreendendo e para quem está acreditando em novas formas de fazer negócios, ao ponto de injetar capital nestas organizações.

Foi manchete do Estadão, do dia 07/05/2020: “Startups brasileiras receberam US$ 144 mil em aportes em abril”. A matéria esclarece que a maior parte destes recursos foi direcionado para três empresas. Mesmo assim, importante observar que no mês de março, a queda no volume de aportes foi de 85%. Ainda de acordo com a referida matéria, o primeiro quadrimestre deste ano registrou um recorde de US$ 480 milhões (20 % maior que o mesmo período de 2019).

Embora haja consenso entre os especialistas, na sua maioria economistas especializados em startups, de que o cenário ainda será muito desafiador nos próximos meses, é consenso também que as startups estão conseguindo se adaptar ao contexto atual com maior facilidade, em virtude das suas características e da sua essência, que já incluía muita resiliência para lidar com as adversidades.

Se por um lado, pode parecer demasiadamente otimista recomendar que se dê continuidade ao investimento em startups, por outro, urge pensar em alternativas para que a engrenagem econômica continue seu movimento, mesmo em ritmo lento, mas um movimento que dê condições de ali, mais adiante, retomar um ritmo mais adequado.

Apostar numa startup também pode ser uma maneira de empreender sem assumir sozinho os riscos de um negócio. Para quem, nestes tempos de pandemia, costuma acompanhar as informações trazidas tanto pela StartSe quanto pela CapTable, pôde observar que muitas startups estão se reinventando. E, neste contexto, chama muito a atenção que os fundadores destas startups, ao explicarem como estão se ajustando. Os emprrendedores deixam bem claro que quanto menos complicadas eram as operações, maior a agilidade conseguida nestes tempos de pandemia.

Essa é uma importante lição para qualquer empresa, em qualquer tempo: se descomplicar e agir direto na “dor”, mesmo num país em que a burocracia tomou proporções gigantescas. Esta crise tem demonstrado que há gigantes em cada esquina, empreendedores que não foram tomados pelo pânico, que rapidamente iniciaram a reinvenção do seu negócio e que apesar da incerteza quanto ao sucesso, estão dando um recado fundamental: Bem-vindo ao novo normal e reinvente-se, o mais rápido possível.